Em visita ao Risoleta Neves, Kalil trabalha para evitar fechamento do hospital

O candidato da Coligação Pra BH Funcionar (PHS-Rede-PV), Alexandre Kalil, deu nesta terça-feira, 23, uma demonstração do estilo que pretende imprimir à sua administração à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, caso eleito. Com visita agendada ao Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN), em Venda Nova, e ciente das dificuldades financeiras que ameaçam o funcionamento da unidade de saúde, Kalil contatou o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e agendou um encontro entre ele e a administração do hospital. Pimentel se comprometeu a solucionar o problema do hospital até dezembro.

“Antes de vir para cá, liguei para o governador (Fernando Pimentel), e ele está nos esperando. Vamos até ele para que essa situação tenha uma solução, mesmo que seja emergencial”, disse Kalil ao chegar ao Risoleta Neves. O candidato lembrou que a principal questão do hospital é financeira, já que há repasses atrasados da Prefeitura da capital. Após a visita à unidade, Kalil e o diretor do hospital, Henrique Oswaldo da Gama Torres, seguiram para reunião no Palácio da Liberdade para tratar do assunto. “Coloquei o diretor do Hospital Risoleta Neves diante do governador Fernando Pimentel e disse que havia o compromisso de uma solução para a crise do hospital. O governador confirmou que vai resolver a situação até dezembro. Eu me levantei e deixei os dois conversando”, disse o candidato, após o encontro.

Crise

O Hospital Risoleta Neves atende 100% pelo SUS e é referência para moradores das regiões de Venda Nova e Pampulha, além de 38 municípios vizinhos, como Ribeirão das Neves. Por causa de problemas financeiros, a unidade suspendeu o atendimento pediátrico em julho deste ano. O fechamento foi motivo de desespero para a operadora de caixa Késia Ferreira de Oliveira, que tem um filho de 1 ano e agora não sabe onde procurar um pediatra em caso de emergência. “Se não tiver dinheiro para pagar uma consulta, você fica sem atendimento”, disse Késia.

A verba que sustenta o hospital é repassada por município, Estado e União. O Governo de Minas repassa R$ 7,8 milhões por mês, o Governo Federal é responsável por R$ 5,1 milhões e a Prefeitura de Belo Horizonte, R$ 1,5 milhão. Neste mês, no entanto, o repasse municipal não foi feito e a consequência pode ser a suspensão de atendimento em outras especialidades. “Nós temos que primeiro dar o atendimento. O recurso não está vindo para a saúde. O orçamento da Prefeitura não está chegando. Não precisa aumentar o recurso, nós temos que fazer essa verba chegar e ser bem usada”, afirmou Kalil.

Pra BH funcionar

Retomar a operação do setor de Pediatria do Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) é um compromisso que está no programa de governo da Coligação Pra BH Funcionar (PHS-Rede-PV). A proposta inclui a ampliação do atendimento do HRTN e colocar o Hospital Metropolitano Célio de Castro, no Barreiro, que hoje opera com cerca de 10% da capacidade, para funcionar efetivamente.

Kalil visita Hospital Risoleta Neves (Fotos: Samuel Gê)