Para Kalil, município tem obrigação de atuar para aumentar segurança do cidadão

A taxa de homicídios por arma de fogo em Belo Horizonte é maior do que as de São Paulo e do Rio de Janeiro, segundo o “Mapa da Violência – 2016”, divulgado nesta quinta-feira e coordenado pelo professor e sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, responsável pela Área de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flasco). O estudo, que leva em conta dados coletados junto ao Governo Federal e tendo 2014 como ano-base, mostra que a taxa de mortes por armas de fogo na capital mineira – embora tenha recuado em relação ao ano de referência de 2004 – foi de 31,2 para cada grupo de 100 mil habitantes, contra 10,2 de São Paulo e 13,6 do Rio de Janeiro.

Dados como esse ajudam a explicar por que a segurança pública é uma das grandes preocupações do candidato da Coligação Pra BH Funcionar (PHS-Rede-PV), Alexandre Kalil. Tanto que o plano de governo da chapa dedica atenção especial ao setor. Uma das propostas é a criação da Secretaria de Prevenção Social da Violência e Segurança, que terá uma equipe para prospectar recursos, elaborar projetos e negociar fundos da União disponíveis para programas municipais voltados para a questão da segurança.

Outra ideia a ser colocada em prática, caso Kalil seja eleito, é tornar viável o apoio logístico e humano para ampliação do número de Conselhos Comunitários de Segurança, os Consegs, atuando como elo entre a população e as forças de segurança pública. A meta é contribuir para a redução dos índices de criminalidade na capital.

O plano de governo do candidato prevê ainda projetos relativos a reformas urbanísticas que favoreçam a proteção dos cidadãos, como iluminação em locais de risco e mudanças em pontos de ônibus em áreas vulneráveis. Muitas das mortes por arma de fogo ocorrem em casos de latrocínio (roubo seguido de morte). Dessa forma, o plano prevê ações que ajudem o poder púbico a combater crimes contra o patrimônio.

Uma das ideias de Kalil é revitalizar áreas que hoje são palco constante de crimes. Considerando que segurança é responsabilidade de todos, a intenção do candidato é lançar campanhas que despertem a consciência dos cidadãos para projetos e programas de controle da criminalidade. Uma das propostas é implantar estratégias de comunicação especificamente voltadas para grupos mais vulneráveis.