BH não consegue emplacar suas PPP

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BH não consegue emplacar suas PPP

É impressionante e desanimador perceber que BH não consegue rodar, com agilidade, os projetos de PPP – Parceria Público-Privada – que se propôs a fazer, e nem são tantos assim…

Passamos por licitações vazias, como ocorreu com a concessão da nova rodoviária e dos estacionamentos subterrâneos, e também por paralisação de projetos, como os das CEPAC Arrudas e Pedro II, que pretendiam requalificar os espaços urbanos ao redor desses corredores. Isso para não cogitar do projeto de requalificação dos trens urbanos do entorno de BH, da eterna promessa do metrô e dos tão falados anel da serra e anel metropolitano.

Somos a melhor expressão da falta de criatividade na gestão pública com poucos recursos, e provas vivas da ineficiência do Poder Público para lidar com as questões econômicas, com um mínimo de eficiência.

Sabendo que o Estado não tem os recursos necessário para o desenvolvimento da infraestrutura e das chamadas grandes operações urbanas, é incompreensível como podemos ainda não ter buscado os recursos privados necessários para reestruturar BH, uma cidade que vem empobrecendo a cada dia, deteriorando a qualidade de vida de seus moradores, com ruas sujas e violentas, serviços públicos abaixo da crítica e poucas perspectivas profissionais.

A vantagem é que chegamos a um tal ponto em que a coragem que parecia faltar aos gestores públicos talvez comece a se colocar como uma necessidade vital, forçando Prefeitura e Câmara às decisões que, até aqui, não tinham sido capazes de tomar, na direção, por exemplo, de trazer a iniciativa privada para a gestão dos prédios das escolas, hospitais e postos de saúde geridos pelo município.

Pena que tenhamos esperado tanto para avançar na direção de uma Prefeitura menor, mais enxuta e eficiente. A população já percebeu essa necessidade e vai forçar essa nova postura na próxima Administração. Antes tarde do que nunca!